sábado, 24 de janeiro de 2015

ORQUÍDEA NEGRA


Orquídea Negra criada em 1973, criado originalmente por Sheldon Mayer e Tony DeZuniga, teve sua primeira aparição em Adventure Comics 428(Julho e Agosto de 1973) tendo mais algumas aparições em algumas revistas como Esquadrão Suicida e do Vingador Fantasma, não fazendo sucesso, teria sua história praticamente apagada da história dos super heróis em 1986 quando a DC lançaria a Crise nas Infinitas Terras, juntando seu panteão de supers, podendo assim juntar todos os heróis e universos que ela tinha adquirido com a compra de outras empresas, mas que também apagaria de vez alguns do super heróis e vilões.
Mas em 1988, os editores dariam a um jovem e prodígio escritor o direito de recontar a história de heroína a tanto esquecida, dando assim vida a uma das histórias mais incríveis que esse que vos escreve já leu, seria ele Neil Gaiman.
Nesse ano Neil Gaiman, já tinha feito pequenos trabalhos com HQs, principalmente com personagens próprios,  em editoras menores.
 Através de seu amigo Alan Moore, ele não só tinha descoberto o mundo dos quadrinhos, mas também sua nova paixão em escrevê-las, e foi então que lhe foi dada a missão de recontar a origem de Orquídea Negra.
A liberdade absurda que os editores lhe deram para recontar, ele criou uma história que mudaria completamente os moldes dos HQs lançados até então.
Tendo um começo diferente de tudo que você já tenha lido, em suas quatro primeiras páginas, ela morre carbonizada (Rápidas e inesperadas iguais as mortes de nossos queridos personagens em Game of Thrones).
Após esse começo perturbador, então apresentado ao seu criador, ao seu assassino original, e ao seu propósito.
Tendo sido criada por Philip Sylvian, após a morte de sua antiga paixão, Suzan Liden-Thorne por seu namorado o louco, porém apaixonado Carl Thorne, a morte da atual Orquidia Negra faz com que ela desperte, e procure saber qual o seu lugar no mundo, ao mesmo tempo em que procura respostas sobre o que é, e quem ela realmente é de verdade, apenas uma vaga memória de Suzan ou ela pode ser alguém diferente, alguém de verdade.
Apesar de estar entre esses dilemas, ela consegue ser forte, porém suave, pouco sexista, mostrando uma delicadeza impressionante, mesmo no meio de homens de extrema violência e estupidez.
Em meio à metáforas a vida e a morte, as perdas que temos e como lidamos com elas, as nossas crises existenciais, somos agraciados com uma arte belíssima feita por Dave McKean.
Além disso, é uma história cheia de participações, como o Batman, Hera Venenosa, Monstro do Pântano e até Lex Luthor.
Essa belíssima história fez com que Gaiman entrasse de vez no cenário dos quadrinhos adultos, tendo depois lançado pouco depois Sandman  (Wesley Dodds, calma que em breve ele faria o clássico Sandman, ou o Sonho se preferir e seus Perpétuos), que também lhe foi dado para que ele pudesse recontar sua história.
Além de ser uma belíssima história, é um marco na história dos HQs e vale muito a pena ser lida.
Aqui nas terras tupiniquis foi lançada inicialmente pela Opera Grafica e depois pela editora Globo em 3 edições, e em 2012 foi relançada pela editora Panini Books em uma edição definitiva, de capa dura, cheias de extras e revisada corrigindo erros que continha nas edições anteriores.
Uma história fantástica, com uma arte linda, em uma edição muito bonita e com um precinho camarada, vale cada centavo­­­­.


                           


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